terça-feira, 22 de março de 2011

Quimera

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Wild Beasts_ Hooting and Howling

Quimera é uma fantasia, uma ideia absurda, como a que moveu esse editorial. A palavra quimera remete a figura mitológica de um leão de três cabeça, sendo uma de águia e outra de cabra. Esse ser mitológico é mais forte, pois junta as melhores características de cada animal.

Assim como o Androgyno que, segundo a mitologia, era um híbrido de dois gêneros: Andros e Gynos. Andros era uma figura masculina com quatro braços, quatro pernas e duas cabeças. Gynos era uma figura feminina, também com quatro braços, quatro pernas e duas cabeças. E Androgynos era uma figura com quatro braços, quatro pernas e duas cabeças, mas uma masculina e uma feminina. Dizem que esses seres não existem mais pois, graças à inveja dos deuses, eles foram repartidos ao meio e embaralhados no mundo, dando origens a seres de duas pernas, dois braços e uma cabeça masculina ou feminina.

Mas, segundo a Organização Mundial da Saúde, existem hoje cerca de 600 mil andróginos no mundo, que são identificados pela psicologia como pessoas que mentalmente não se definem como de gênero feminino ou masculino.
Ao longo dos anos, a linha que divide gênero e sexualidade tem ficado mais tênue e a beleza ultrapassa a fronteira do feminino e masculino. Isso se reflete na aparência e na forma de vestir-se. Se antes uma mulher de calças era um escândalo, hoje não há coisa mais banal. Mesmo um homem de saias não provoca a mesma reação de espanto que há algum tempo.

O que é ser homem, o que é ser mulher hoje? O que é ultrapassar a barreira do gênero e de definir apenas humano?


















O modelo Felipe Fantinato (Ford Models) empresta sua beleza e a fotógrafa Karla Gironda seu talento e sensibilidade para mostrar em imagens a questão da fronteira de gênero.

Idealização e execução: Sílvia Henz e Karla Gironda.

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